Quando o meu filho nasceu, eu tive a sorte do meu marido estar em casa, comigo, para cuidar dele. Hoje sei que sozinha eu talvez desse bem conta do recado (mas na altura não achava).
Sempre fui uma pessoa de querer controlar tudo, e com ele ali, tão pequenino, eu tinha a sensação que não controlava nada.
Muni-me dos meus ouvidos para ouvir a sua respiração, os meus olhos sempre em cima dele, as minhas mãos sempre a segura-lo.
Quando somos mães queremos controlar tudo, controlar o sofrimento deles, as doenças, as suas tristezas e desilusões. Queremos prevenir acidentes, quedas, tropeções, batidas de
cabeça e arranhões nos joelhos, vírus no ar e tosse à noite ao dormir. Queremos ser o air-bag da vida deles.
Conforme eles vão crescendo vamos percebendo que não o somos. Que eles vão ter que cair, esfolar o joelho, chorar. A vida é assim, eles têm que a viver para serem seres Humanos bons e fortes. O que nos compete a nós não será protege-los de tudo mas sim estar lá, para o que for, dar colo, amor, mimo e compreensão.
E colo de mãe tem poderes curativos.
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