segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Quando a tristeza se torna doença

A propósito de ontem dia 10 de Novembro fazer aniversario da morte do malogrado guarda-redes Robert Enke, hoje falo de depressão.
Robert Enke suicidou-se aos 32 anos ao atirar-se para debaixo de um comboio. Um amigo chegado e a sua mulher confirmaram que o guarda redes estava em depressão há 6 anos, principalmente após a morte da sua filha Lara de apenas 2 anos. Mesmo depois de adoptar uma menina Leila uns anos mais tarde, Enke nunca recuperou da depressão em que se encontrava.
Amigos, colegas de equipa, treinadores, diziam que era uma pessoa calada, reservada e nunca ninguém deu conta até ele encontrar a fuga que o iria libertar de tudo.
E como ele, tantos! Demasiados!
A depressão é muito mais comum do que o que pensamos. Em algum momento da vida todos nos já nos sentimos tristes e em baixo, mas uma depressão é muito mais que isso. É viver o dia a dia num estado triste, ansioso, vazio, desesperado, preocupado, impotente, inútil, culpado, magoado, irritado ou inquieto.
A depressão é uma das doenças psiquiátricas mais comuns e pode muitas vezes passar despercebida. Há pessoas que a descrevem como uma sensação de estar ‘no fundo de um poço’, outras que se sentem esgotadas e vazias. É importante estarmos atentos a nós e aos outros.
Não desvalorizem alguém que se sente triste de uma maneira permanente, muita gente sofre sem lágrimas e sem gritos de pedidos de ajuda. Não é um “estado de espírito” transitório, não é normal, e não é nem um sinal de fraqueza pessoal nem uma condição da qual se possa sair sozinho(a).
A depressão é muito mais do que angústia ou sofrimento normal: é uma doença que comporta sinais e sintomas que pode durar semanas, meses ou anos se não for diagnosticada e tratada correctamente.


1 comentário:

E na minha opinião...