Sempre ouvi isto, toda a minha vida.
Desde pequena que os meus pais o diziam e eu sempre achei que era a maneira deles não se acharem velhos!?
A verdade é que chegou a minha vez e agora, já a caminho dos 42 vejo que essa afirmação nunca fez tanto sentido! Não é cliché.
Aos 40 temos uma visão completamente diferente do mundo, da vida, dos problemas e das escolhas. Sentimos uma certa urgência em reavaliar a vida e o caminho que estamos a seguir.
A maturidade que temos aos 40 anos já tem uma certa bagagem, já fizemos muitas asneiras, já fizemos boas e más escolhas e já aprendemos muito o que nos leva a entender com clareza que por vezes carregamos ás costas uma "caixa" emocional cheia de coisas inúteis e pesadas e é tempo de a esvaziar.
É o momento de pensar mais em nós, em cuidarmo-nos, em ser sinceros, puros e transparentes. O tempo de viver para agradar tem que ir embora. Eu descobri que o mundo é meu. Eu sou importante.
Mereço toda a reciprocidade do que ofereço aos outros, do que dou de mim, parei de aceitar menos do que aquilo que acho que mereço, não aceito mais do que aquilo que posso fazer, nem dou mais sorrisos amarelados.
Aprendi a amar-me e aceitar-me como nunca me aceitei, passei a achar-me cada vez mais bonita e interessante. Hoje sinto-me poderosa.
Precisei desculpar-me por todas as vezes que falhei e por todas as vezes que deixei que me magoassem. Abandonei culpas e aceitei.
O mundo é meu, encontrei-me aos 40 e não me vou perder.
Sem comentários:
Enviar um comentário
E na minha opinião...