Por muito que me tente calar. Que tente até parar de nos escrever. Que tente nada dizer e afastar-me. Colocar-te longe para me esquecer que existes. Nada te dizer para seres tu a apagar-me. Mesmo que tente fingir que tu não existes.
Nada resulta, pois não?
Mesmo que eu fuja, tu estás aí. Permaneces no teu posto, como que de vigia. Mantens-te aqui da mesma forma. Com toda a força e garra. Colocas-me o desejo na ponta dos dedos. Fazes-me ter vontade de te repetir que te amo. Uma e outra vez. Dizer-te vezes sem conta aquilo que para mim significas. Aquilo que te quero. Aquilo que te sinto, ainda.
Já nada resulta, pois não?
Não há afastamento que nos apague. Não há silêncio que nos esqueça. Não há ausência que nos arrefeça. Amamo-nos de forma igual. Queremo-nos do mesmo jeito. Sentimo-nos do mesmo modo.
Nada resulta que nos afaste, pois não?
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