Já quando eu era pequena adorava ir para a cama dos meus pais, até para a cama dos meus avós eu ia e adorava! Não sei explicar, é como se a cama dos pais tenha um poder estranho, o poder de acalmar, curar e mimar. É como se fosse mais quente, mais calorosa e mais aconchegante.
O meu filho é igual, adora ter o pai em casa, mas quando ele chega mais tarde por estar a trabalhar, o pequeno lá foge para a minha beira para adormecer na nossa cama. A cama dos pais é mágica e ele consegue relaxar ao ponto de adormecer em 3 minutos apenas com o seu pequeno corpo junto ao meu e umas sapatadinhas macias no rabinho. Na cama dos pais, a paz é absoluta. Não há medos ou inquietudes, não há pesadelos nem choros, não há tosse nem espirros.
Não sei se é o cheiro dos pais impregnados nos lençóis, não sei se é quando se sentem mais próximos de nós. Não sei.
De manhã fingimos que nos importamos.... "Então foste para a nossa cama?". Ele sorri com o seu sorriso malandro, contente. Mal ele sabe que a Paz que ele encontra é a mesma que nós encontramos, é
o amor e a ternura bem próximos, e é quando sentimos que ele ainda é realmente o nosso menino!
É aquela mãozinha na nossa, a respiração pesada e tranquila de quem se sente em segurança, de quem se sente amado. É o ir ao colo do pai para a cama abraçado ao pescoço dele e a murmurar: "amo-te papá!"
É o nosso desejo mais intimo que isso não mude nunca, que ele fique assim para sempre, em completo amor connosco.
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