Ainda há dias referi, com uns colegas, que quando dizemos algo que magoa alguém, mas que não reparamos, a coisa passa e logo se verá no que dá. Mas, quando o fazemos e percebemos bem que magoamos alguém, penso que, mediante a importância que a pessoa tem para nós, devemos esclarecer as coisas. Nem que seja para ralhar ou para dizer que a pessoa foi precipitada ou sensível.
Há dias tive em contacto com uma situação assim, em que a pessoa percebeu que magoou e não quis saber. Não falou, não ligou.
A indiferença é um sentimento que está associado à insensibilidade, ao desapego, à frieza, e principalmente ao egoísmo. Características
que não combinam muito com a condição social que nós, seres humanos,
vivemos, que faz com que nos relacionemos com outras pessoas.
Numa situação destas, ser indiferente transmite que “nada nos interessa”, que não sentimos nada frente aquela pessoa, que “tudo dá no mesmo”. Mesmo
que estejamos seguros de que isto é assim, é preciso perguntar, também,
se é possível conseguir isolar nossas emoções desta forma.
Quando mostramos indiferença em relação a algo ou alguém, o que
realmente fazemos é nos afastar dessa pessoa ou dessa circunstância.
A vida está cheia de momentos em que a indiferença é a resposta. Realmente é. Mas há também circunstancias em que optar pela indiferença nem sempre é a melhor
opção.
Mostrar indiferença a alguém o que transmite é que estamos a limpar todos os nossos sentimentos e que nada mais existe para nós.
Podemos nos importar muito ou pouco, mas nunca podemos deixar de
sentir.
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