quinta-feira, 6 de julho de 2017

Mais uma vez, as notas!



Ontem foi dia de entrega de notas na escola. Final de ano, apreciação global. Tirou alguns BONS e alguns SUFICIENTES.
Como já falei aqui várias vezes, não pretendo que o meu filho seja o melhor da turma, não tem que o ser, não sou daquelas mães que coloca o filho de castigo porque tira “apenas” 85%. Eu quero é que ele acompanhe a matéria e que se esforce. Um 85 ou um 70 ou mesmo um 60 não são más notas, os pais é que querem que os seus filhos sejam todos alunos de 90 para cima. Eu questiono-me muitas vezes se eles próprios teriam estas notas nos seus tempos de escola. E mais, naquele tempo a matéria dada não era em nada que se pareça com o que eles dão agora no ensino básico. Na terceira classe já dão fracções e operações com vírgulas. Inglês é logo a partir da 1ª classe quando no nosso tempo era a partir do 5º ano.
O mundo mudou e há que perceber isso. A exigência é muito maior. Temos sim que incentivar o estudo e  estimular o gosto pelo mesmo.
Lembro-me quando era nova, de os meus pais e familiares dizerem para eu estudar, que era importante, que era para ter boas notas, para ter uma curso, que ia ser importante para a minha vida e blá blá blá.
Nunca gostei muito de estudar e acho que há ali uma fase em que todos os adolescentes passam, que é a pretensão de achar que não precisam de estudar que o giro é trabalhar e ganhar dinheiro. Achava-me

dona do meu nariz, achei que aquela gente bem mais velha que eu e com uma grande experiência de vida estava errada, e que eu com os meus 15 anitos é que estava certa, porque estudar era uma seca. Mesmo assim completei o 12º ano e tirei um curso profissional. Tive sorte na vida, pois tenho um emprego seguro onde estou há já 15 anos, e graças a Deus nunca tive de procurar emprego, mas sei que para muita gente isto dos cursos é ingrato. Passam anos a estudar, a gastar dinheiro aos pais e no fim raramente encontram emprego nas áreas em que se formatam, acabando a trabalhar muitas vezes em Call Centers ou lojas de roupa.
Ter um curso claro que é sempre uma mais valia, mas na vida como tudo, é preciso ter sorte. Sorte de arranjar um bom emprego e seguro.
Ao meu filho transmitirei que tem que estudar o máximo que puder, ter um bom curso e lutar, lutar sempre por ser bom profissional e boa pessoa, seja em que área a vida o encaminhar.

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