Ontem foi
dia de entrega de notas na escola. Final de ano, apreciação global. Tirou
alguns BONS e alguns SUFICIENTES.
Como já
falei aqui várias vezes, não pretendo que o meu filho seja o melhor da turma,
não tem que o ser, não sou daquelas mães que coloca o filho de castigo porque
tira “apenas” 85%. Eu quero é que ele acompanhe a matéria e que se esforce. Um
85 ou um 70 ou mesmo um 60 não são más notas, os pais é que querem que os seus
filhos sejam todos alunos de 90 para cima. Eu questiono-me muitas vezes se eles
próprios teriam estas notas nos seus tempos de escola. E mais, naquele tempo a matéria
dada não era em nada que se pareça com o que eles dão agora no ensino básico.
Na terceira classe já dão fracções e operações com vírgulas. Inglês é logo a
partir da 1ª classe quando no nosso tempo era a partir do 5º ano.
O mundo
mudou e há que perceber isso. A exigência é muito maior. Temos sim que
incentivar o estudo e estimular o gosto
pelo mesmo.
Lembro-me
quando era nova, de os meus pais e familiares dizerem para eu estudar, que era
importante, que era para ter boas notas, para ter uma curso, que ia ser
importante para a minha vida e blá blá blá.
Nunca gostei
muito de estudar e acho que há ali uma fase em que todos os adolescentes
passam, que é a pretensão de achar que não precisam de estudar que o giro é
trabalhar e ganhar dinheiro. Achava-me
dona do meu nariz, achei que aquela
gente bem mais velha que eu e com uma grande experiência de vida estava errada,
e que eu com os meus 15 anitos é que estava certa, porque estudar era uma seca.
Mesmo assim completei o 12º ano e tirei um curso profissional. Tive sorte na
vida, pois tenho um emprego seguro onde estou há já 15 anos, e graças a Deus
nunca tive de procurar emprego, mas sei que para muita gente isto dos cursos é
ingrato. Passam anos a estudar, a gastar dinheiro aos pais e no fim raramente
encontram emprego nas áreas em que se formatam, acabando a trabalhar muitas
vezes em Call Centers ou lojas de roupa.
Ter um curso
claro que é sempre uma mais valia, mas na vida como tudo, é preciso ter sorte.
Sorte de arranjar um bom emprego e seguro.
Ao meu filho
transmitirei que tem que estudar o máximo que puder, ter um bom curso e lutar,
lutar sempre por ser bom profissional e boa pessoa, seja em que área a vida o
encaminhar.
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