Com os meus 38 anos de vida, fui
aprendendo algumas coisas. Algumas tenho pena de ter aprendido demasiadamente
tarde, mas se assim foi, acredito que tenha sido no momento certo. Uma das
coisas que aprendi foi que toda a vida vivi com receio de dizer “não”. Talvez
relacionado com o medo de magoar alguém, ou por não suportar pensar que alguém
está zangado ou descontente comigo.
Essa ânsia de agradar a todos consumia-me
as forças e vejo hoje que isso nos leva ao enfraquecimento emocional e cansaço
mental.
Muitas das vezes não conseguimos
lidar com a ideia de que existam pessoas que possam ter ficado chateadas com o
que dissemos ou fizemos, mesmo que tenhamos agido correctamente e com isso, caso
sejamos esse tipo de pessoa que deseja agradar a todos, raramente – ou nunca –
conseguiremos dizer não.
Aprendi que acima de tudo devemos
ser fiéis a nós próprios, pensar sempre acima de tudo no nosso bem estar e na
nossa família. Não é egoísmo, é apenas auto-preservação.
Digam não quando não tiverem como
fazer o que lhes pediram, sem que se esgotem ao tentarem cumprir com algo que
provavelmente nem concordam. Digam não quando lhe oferecerem algo que fuja da
vossa maneira de pensar ou dos vossos valores. Digam não aos favores que vos
possam prejudicar. Digam não a pessoas que não vos fazem bem. Digam não a quem vos
suga, a quem só nos procura como opção reserva, a quem só quer receber, sem a
mínima questão de retorno; a quem mente, a quem ilude, a quem nos torna pessoas
piores, pessoas mínimas.
Um dos maiores favores que faremos
a nós mesmos é dizer não, às pessoas certas nos momentos mais apropriados, sem
remorsos e sem peso na consciência.
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