segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Resiliência



Nunca me achei uma pessoa forte. Sempre tive o apoio dos meus pais para tudo, sempre fui um pouco mimada e dependente. 
Sempre vivi na sombra, lá escondida do mundo, sem ter que resolver nada e enfrentar nada.
Até ao dia em que as coisas mudaram.
As doenças chegam sem avisar e varrem tudo e todos. Tiram-nos o chão e fazem-nos desacreditar de tudo.
Na altura desesperas, choras. Achas que o mundo vai acabar, que nada tem solução e que estás a chegar ao teu limite. 
Hoje olho para trás e orgulho-me. Orgulho-me de mim, sei que fui forte quando tive que o ser, não cedi ao choro quando não o podia fazer e não verguei quando não podia vergar.
Á noite no meu chuveiro deitava tudo para fora, chorava lá e chorava no teu ombro sempre presente para mim.  
Hoje vejo a vida diferente. Vejo que as tempestades aparecem do nada, sem nada que as faça prever e nós aprendemos a remar. Com força, com coragem e com fé. Não temos outra alternativa senão remar, mais e mais, e vais e lutas e acreditas! 
Vejo que não adianta planear o que não é planeável e apenas tens que aprender a ser resiliente. Essa irá ser a tua maior conquista como Ser Humano. Aprenderes a renovar-te e a reconstruir-te! 

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