Não vou dizer que ás vezes não sinta um pouco de tristeza por os avós do meu filho (meus pais) não serem como os avós que por aí vejo. Avós que abdicam de tudo pelos netos, para estar com eles, avós que não faltam 1 jogo, uma festa de escola.
Confesso
que algumas vezes gostava que eles ficassem com ele uma noite para eu poder sair com o meu marido, ir ao teatro, cinema, dizer disparates, descontrair,
limpar a cabeça, ter uma saída a 2.
Mas por outro lado, a minha nova faceta resiliente, também já aceitou (depois de alguma revolta, confesso) que só tenho que compreender e aceitar que os avós do meu filho não têm disponibilidade ou paciência para ficar com ele horas a fio. A própria vida mudou… e
ainda bem.
Os meus pais assim como tantos avós são pessoas activas, têm a sua vida, os seus afazeres, as suas rotinas e as suas agendas pessoais. E no fundo têm todo o direito a isso. Na verdade eles já
passaram por tudo o que nós estamos a passar, criaram os seus filhos… e agora
querem aproveitar o tempo que lhes resta, seja de que maneira for, seja a sair ou a ficar em casa a ler. Não é por isso que nos amam
menos ou aos próprios netos, pois acredito que o neto é o mais que tudo de ambos. Bem pelo contrário. Se eles estiverem felizes, terão muito mais para
nos dar.
São os extremos que me incomodam, como aquelas pessoas que usam e abusam da boa
vontade dos pais, utilizando as suas casas como o depósito dos filhos. E há tantos pais que demitem permanentemente das suas responsabilidades,
empurrando-as para cima dos outros.
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