Quando era pequena, nas férias ia para a casa dos meu avós.
O meu avô era Sacristão na Igreja da terra e íamos á missa. Era algo que eu gostava, dos canticos, das vozes em sintonia. O leitinho e o pão com manteiga no café e a volta a casa a pé pela linha do comboio.
Na casa da minha avó não havia brinquedos. Brincava na rua, ou com as bonecas que levava. Brincava ao faz de conta com a minha prima durante tardes inteiras e brincámos até muito tarde
nas nossas vidas, o que, aparentemente, não nos fez mal nenhum.
Hoje acho que as crianças não brincam o suficiente. É a exigência dos estudos, é o dia inteiro na escola. No meu tempo saía as 15h da escola ainda tinha tempo de fazer deveres e brincar.
Brincar é importante. É o que distingue as crianças dos adultos, o mundo do faz de conta.
Na minha casa há muitos brinquedos. Há bolas, carrinhos, roupas de super-herois, máscaras, puzzles... O meu filho brinca um pouco todos os dias. Espalha tudo pela sala, veste e despe equipamentos de futebol. Experimenta.
Improvisa. Inventa.
É deixá-los brincar, é importante.
Claro que
nem sempre me apetece, ou não me dá jeito. Há dias em que preferia mesmo
que ele ficasse quietinho que não desarrumasse. Mas depois lembro-me
que eles não crianças para sempre.
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