quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

De menina a mulher

Sei (como é óbvio) que vou fazer 40 anos. A verdade é que nunca me senti com 40 anos, aliás, confesso que até me custa dizê-lo. Parece que não estou a falar de mim e sim de alguém que conheço.
Mas hoje... no meu banal quotidiano, a conduzir o meu carro para o trabalho, dei comigo a pensar que muitas vezes não me comporto como uma mulher que tem quase 40 anos.
Sinto-me muitas vezes frágil, insegura e medrosa, quando já tenho idade de "agarrar o touro pelos cornos" e assumir que sou uma mulher feita, com responsabilidades, que tem marido, filho, pais para cuidar que não vão para novos e que é hora de me assumir como uma mulher madura.
As minhas atitudes reflectem o meu sentimento ainda de menina que ainda não percebeu que cresceu e que já se tornou naquela imagem que tinha em menina das mães e esposas. Quando eu olhava para as "mães" e "mulheres de alguém" e as admirava pela responsabilidade e força que tinham, hoje eu tenho que ser essa mulher.
Tenho quase 40 anos e sou essa mãe e essa esposa e mulher.


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