segunda-feira, 23 de julho de 2018

Comprar ou arrendar, eis a questão!

Quando se pensa em mudar de casa é sempre esta a questão que surge. Comprar ou arrendar?
Estando eu nessa situação, tenho-me dedicado com o meu marido em ver qual a melhor opção a tomar.
Ambas tem prós e contras mas é necessário ponderar bem antes de qualquer decisão.
Estamos numa fase má para comprar imóveis em Portugal, as casas estão caríssimas e os bancos não emprestam dinheiro como antigamente. Os Spreads são altos e as condições difíceis.
Enquanto que antigamente os bancos emprestavam a totalidade do custo do imóvel, hoje emprestam apenas 85% tendo o comprador que ter o restante para dar ou contrair um outro empréstimo (credito pessoal) á parte para cobrir esse montante.
Depois é andar a pagar durante 30 anos pelo menos, maximo 40 dependendo da idade. É claro que pagas por algo que depois vai ser teu eventualmente, mas estás ali presa, perdes a mobilidade de mudar caso encontres algo melhor ou mais apelativo. Ao fim ao cabo pagas ao banco 3 casas e só compraste uma. Depois há as taxas, e os seguros,  e as obras, e as avarias, e os condomínios e o IMI e o diabo a quatro.
Acho que isso de comprar casa é uma coisa muito portuguesa. Temos aquela necessidade do sentimento de posse, de sermos donos de qualquer coisa. No estrangeiro praticamente ninguém tem casa própria, o normal mesmo é arrendar e ir ajustando a vida da maneira que mais convém. O arrendamento é visto como uma coisa perfeitamente banal.
Ás vezes ponho-me a pensar em qual será a maior vantagem de ter casa própria? Deixar património aos filhos?
Pois, a ideia até é bonita na teoria, mas os filhos quando morreres querem é dinheirinho no banco e a primeira coisa que fazem é vender a casa que os pais lhe deixam. Há excepções mas é assim que acontece a maior parte das vezes.
Por isso, penso que para já, iremos optar por arrendar, uma casinha linda e à nossa medida. Não há muito mercado imobiliário em Portugal é verdade, mas tenho fé que apareça algo.
Se acho que é dinheiro deitado fora?  Não. Sinto que estou a pagar por um serviço como outro qualquer.
Claro que se um dia encontrarmos uma casa mesmo espectacular que nos fique em conta e que a conjuntura actual ajude, compramos, mas não é coisa que me tire o sono.
O arrendamento permite-te a mobilidade de quando a casa onde estas já não te servir, mudas e acabou. Ou para uma maior porque tiveste mais um filho, ou para uma mais pequena porque o rapaz foi para a universidade e estais os 2 sozinhos.
Mas claro, cada um tem a sua opinião e é uma questão de fazer contas e de avaliar critérios, necessidades e prioridades.
Acredito que ainda há um certo estigma em relação ao arrendamento, como se quem vive numa casa arrendada seja um zé ninguém que não tem onde cair morto. É só uma opção, tão viável como outra qualquer.

Sem comentários:

Enviar um comentário

E na minha opinião...