O meu marido sempre sonhou muito. Alguns sonhos eram bons, mas definitivamente a maior parte deles eram muito maus. Acordava cansado, com uma carga pesada e triste.
No verão e a passear numas barracas perto da praia, encontrei uma tenda giríssima cheia de artigos esotéricos. Quem vendia era um índio. Perguntei o que eram aquelas coisas que estavam penduradas, lindas, cheias de círculos e penas. Disse-me que se chamavam caça-sonhos!
Explicou-me que na
verdade, aquilo é uma teia. Que serve para "caçar" os sonhos maus, que dá sorte e prosperidade a uma casa que os tenha, e que se deve pendura-los por cima da cabeceira da cama.
Na verdade, reza a lenda que os índios Ojibwe acreditam que, quando a
noite cai, o ar enche-se de sonhos, bons e maus . Alguns destes sonhos,
mesmo sendo pesadelos, podem conter uma mensagem importante para nós. Então, na verdade, estes sonhos no fundo são bons sonhos.
Mas
existem muitos outros sonhos e más energias à nossa volta e
que não são nossos. Estes é que podem nos ser prejudiciais e o caça sonhos serve justamente para
separar estes sonhos das energias más. Os sonhos bons, sabendo exactamente
aonde ir, conseguem passar pelo buraco central da teia, ao passo que os
sonhos maus ficam perdidos e acabam presos nos fios da teia. Quando os primeiros raios de sol surgem, os sonhos maus desaparecem.
A verdade? A verdade é que são objectos lindos, cheios de misticismo e que ficam bem junto á cama, pendurados. E o meu marido deixou de ter pesadelos.
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