terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Neste feriado de Carnaval.....

....vou pegar em ti e fazer o que fazemos melhor: estarmos os dois.
Não importa o que fazemos, nem importa onde vamos. Vamos respirar juntos. Vamos viver e construir. Vamos desde conhecer sitios, a estar em casa na ronha.
Vamos passear de mão dada e vamos rir. E como adoramos rir juntos?
E o que interessa somos nós, o nosso filho e as pessoas que nos amam, as pessoas que nos querem bem, as pessoas que nos ajudam a crescer. O que interessa és tu. E eu. E nós, juntos, daqui até ao fim do mundo.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

The Stranger

Ora, já papei mais uma série da Nextflix. Voces devem pensar que não faço mais nada, mas a verdade é que tenho escolhido séries com poucos episódios para não me encher e poder variar.
Desta vez, mais um série que recomendo: The Stranger.
A história começa com Adam Price (Richard Armitage), um advogado de classe média alta e pai dedicado de 2 filhos, que vê a sua vida completamente transformada de repente. 
Certo dia, depois de um jogo de futebol dos miúdos, uma estranha que nunca viu na vida aborda-o inesperadamente. Esta mulher estranha, que dá nome à história, diz-lhe que a última gravidez da sua mulher, Corrine (que aconteceu há um par de anos e que resultou num aborto espontâneo), foi totalmente falseada pela sua mulher. 
Adam não quer dar ouvidos àquela pessoa, mas ela dá-lhe indícios para ele explorar e conseguir comprovar as suspeitas. Adam acaba por confrontar Corrine — inteligente, divertida e o amor da sua vida — com este facto. A mulher nunca o nega, simplesmente remete explicações para mais tarde, o que acaba por não acontecer pois desaparece de forma misteriosa.



sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Há dias assim

Tenho dias em que me sinto tão feliz que me assusta.
Conto para mim... um, dois, três, respiro fundo e belisco-me. Por uns instantes não sinto nada. Faço figas com as dedos, fecho os olhos com força e pergunto-me até quando?
Depois ralho comigo mesma, não posso ser assim. Tenho que aproveitar, estou feliz? Óptimo! Maravilha!
Desejo sentir-me como agora para sempre.
Tenho ainda momentos de medo, o corpo contrai-se, o ar bate no peito, sinto as formigueiro nas mãos e deixo de pensar.
Nesses momentos tento respirar fundo. Fico virada para dentro de mim e penso que é só o medo a tentar dominar-me. Não posso deixar. Sou muito mais forte que ele.

Porque hoje é sexta feira


quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

O segredo está na comida

Há quem diga que a preocupação com a aparência faz parte da cultura, no entanto o que vemos, hoje, são exageros e até doenças causadas pela busca desenfreada de uma “forma ideal” para o corpo.
Ainda há dias no ginásio que frequento, ouvia histórias de dietas absurdas e de suplementos que substituem as refeições.
As pessoas não aceitam que é inviável atingir objectivos com esses propósitos a curto prazo. Podes emagrecer sim, mas se não aprendes a comer vais engordar de novo.


quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

When they see us

Sabem aquelas séries ou filmes que nos marcam? Que se prendem no nosso subconsciente e nos deixa sem saber bem o que pensar ou dizer? When they see us - Aos Olhos da Justiça - na Netflix, é um desses casos. É uma mini série baseada em factos reais de apenas 4 episódios.

A história: Uma mulher brutalmente atacada e violada, cinco jovens no lugar e na hora errados e uma investigação policial duvidosa. O crime real que chocou os Estados Unidos em 1989 e que nesta serie revela não só a vulnerabilidade da justiça como o racismo na cidade de Nova Iorque e explora o que realmente aconteceu aos adolescentes (quatro afro-americanos e um latino) do bairro do Harlem, no caso conhecido como “The Central Park Five”.
A19 de abril de 1989, época em que a cidade estava imersa numa epidemia de drogas e assombrada por gangues, uma mulher loira de 28 anos foi encontrada inconsciente entre os arbustos do Central Park. Perdera 75 por cento do sangue do corpo, tinha duas fracturas cranianas, hipotermia e restos de sémen nas partes íntimas.
Desfigurada, Trisha Meili só foi reconhecida por um anel que usava. A corredora do Central Park, como ficou conhecida, trabalhava no mercado financeiro e, quando recuperou a consciência, não se lembrava de nada.
Nessa mesma noite, véspera de um feriado escolar, vários outros crimes foram cometidos no parque, incluindo assédios e agressões contra ciclistas e corredores. Por causa de actos de vandalismo, muitos adolescentes foram detidos.
Cinco deles, com idades entre 14 e 16 anos, estavam prestes a ser libertados quando a polícia descobriu o corpo de Meili. Um detective mandou retê-los e os adolescentes tornaram-se os principais suspeitos.
Kevin Richardson, Yusef Salaam, Raymond Santana, Antron McCray e Korey Wise foram interrogados separadamente durante quase 30 horas, sem direito a comer, beber ou dormir. Como nunca tinham passado por uma situação semelhante nem tinham cadastro policial, não sabiam que podiam exigir a presença de um advogado. Os adultos disseram-lhes que, se colaborassem, poderiam ir para casa. Exaustos e coagidos, os jovens confessaram o crime e quatro deles admitiram em vídeo que estavam presentes durante a violação. Apesar de se incriminarem um ao outro, nenhum deles soube descrever a vítima nem o local do ataque.
Recentemente, numa entrevista ao canal de televisão “CBS New York“, Yusef Salaam disse que ouviu a polícia espancar Korey Wise na sala ao lado do local onde ele aguardava para ser interrogado. A mãe de Salaam interrompeu o testemunho antes que o filho assinasse a confissão, mas ainda assim um detective foi autorizado a testemunhar que o adolescente admitiu a sua participação no crime.
Os cinco foram considerados culpados mesmo sem haver nenhuma prova de ADN que os colocasse na cena do crime. As análises mostraram que o cabelo e o sémen encontrados no corpo da vítima não pertencia a nenhum deles. Ainda sim, a justiça considerou que havia um sexto suspeito envolvido no caso e decidiu mantê-los presos.
Em 1990, os jovens foram divididos em dois julgamentos. Salaam, McCray e Santana foram acusados de violação e agressão; Richardson de tentativa de assassinato, violação e roubo; e Wise foi condenado por agressão, abuso sexual e desordem. Enquanto quatro deles ficaram encarcerados durante sete anos, Wise, que na altura tinha 16 anos, recebeu uma pena de adulto.
O caso gerou um imenso alvoroço na comunicação social, que descrevia os jovens com termos como “matilha de lobos”. O hoje Presidente, na altura empresário Donald Trump gastou cerca de 75 mil euros para publicar um anúncio de página inteira nos quatro principais jornais de Nova Iorque em que exigia a reposição da pena de morte.
13 anos após o ocorrido, em 2002, Matias Reyes — um homem condenado noutro caso, por homicídio e violação — encontrou Wise na prisão e admitiu que foi ele quem atacou Trisha Meili, sozinho. A prova de ADN ligou Reyes ao crime e o caso foi finalmente reaberto. Só então Korey Wise, o único que ainda estava preso, foi libertado.
Em 2014, a cidade de Nova Iorque foi obrigada a pagar uma indemnização de 36 milhões de euros aos inocentes e o caso foi arquivado.
É chocante ver o que estes jovens inocentes passaram nos reformatórios, e o que o mais velho de 16 anos passou na cadeia de adultos com o rotulo de violador.