quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Perdoar não é esquecer

Acho que perdoo demasiado. Quando penso em quem por algum motivo, já me fez mal, vejo que sempre perdoei. Tenho-me apercebido, com o passar dos anos, que talvez perdoe demasiado. Acho que isso se deve ao facto de gostar das pessoas também demasiado. Quando gosto, tento-me centrar nas coisas boas das pessoas. Tento lembrar-me das qualidades e, de algum modo, esquecer os defeitos. Vejo que isso me prejudica. Tenho que ser mais eu.
As amizades não são o que eu espero e tenho que me convencer disso.
Não acho que perdoar sempre faça de mim uma pessoa estúpida. Acho que isso faz de mim, provavelmente, uma pessoa com demasiada  capacidade de encaixe.
Vejo hoje que se quem tem coragem de nos magoar uma vez, sem se importar com a dor que nos é infligida, provavelmente voltará a fazê-lo. Se notar que não "nos importamos" e que perdoamos sempre, vai usar e abusar.
São situações a evitar, quanto mais não seja para nos protegermos e preservar.

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